6 de outubro de 2012

Exuberância

Meu coração pediu para escrever
Emprestei a ele minhas mãos
Que molhou a pena numa lágrima
E se entregou ao meu sentir
Grafei, então, em fina lâmina
Invisíveis letras aos comuns
Só a ti que bem me les 
Será possível compreender
Tudo o que ousei já dizer
Versos soltos, escrita torta
Um desabafo demorado
Que descreve a flor que és
Aveludada e espinhosa
Que encanta os meus olhos
Que me espeta sem saber
Que se fecha em botão
Para em seguida esplender
Que se sustenta em terra seca
Pois, sabe que em tuas profundezas
Tem água boa e com fartura
Então, estende as raízes
Até encontrar o que te nutre
O que te faz mesmo na estiagem
Exuberante resplandecer


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