O que mais temo é não me reconhecer
Olhar para a história é só ver um embaço
Quero clareza de quem é esse ser
Ver nas sombras um rastro de luz
Ver na luz o escuro do brilho
Saber em pormenores o que sou
E ter coragem para amar o que me apavora
Lidar bem com o célere invólucro
Não vibrar com meus livres enganos
Ver-me nua, gostar do que vejo
Não me abalar com o que o espelho mostra
Com as várias versões de mim mesma
Fazer da passagem algo que valha
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