Se descrevo-me na dualidade
É por que não sei expressar tudo de mim
Vejo em claro as pontas, o inicio e o fim
Dessa régua cujo meio é densidade
As palavras dão conta da parte
Esse pedaço que vejo a olho nu
Das rebarbas que as bordas transbordam
Tornando impossível não ver ou sentir
E só com lentes precisas e sensíveis
Com meus olhos sutis e imperceptíveis
Hei de ver o que escondo de mim
E de posse do poder que me outorgo
Saberei onde mora o estopim
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