2 de julho de 2012

Contrapontos

Percebo-me ingênua criança 
Mas, também mulher feita e arisca
Um ponto em meio a tantos contrapontos
Uma teia complexa na simplicidade aparente
Um buraco sem fim coberto com tela
Fina camada que esconde meus inconfessos medos
Se transforma em caminho para meus pés seguros
Que ignoram o perigo, qualquer vão de risco
Vão persistindo na busca do equilíbrio sonhado
Então, confio e sigo na minha corda bamba
Pé ante pé cruzando os fios da minha vida
 Conectando dores, alegrias e sonhos
Tudo o que vejo no espelho velado
Tudo tão vivo, cru e intenso
Que me abraça inteira na dúvida de ontem
E me solta aos poucos no que não sei de mim


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