Liberta-me da interrogações insistentes
Mas, não as tira de mim totalmente
Rogo apenas um desafogo, um refugio
Uma breve lacuna no emaranhado inquirir
Excarcera-me das respostas fáceis e breves
Mas, as aceite vez ou outra como verdades
Mesmo que eu as troque frequentemente
A sanidade depende desse acreditar momentâneo
Abjuga-me das amareladas crenças
Mas, as deixe em reserva, cuidadas
Para que eu nunca esqueça do que um dia cri
E monte o mosaico inexato do que serei
Desata-me dos infinitos não sei
Mas, não me tires a vontade de saber
Apenas desaperte o laço da incerteza
Para que possa dentro de mim caber
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