17 de setembro de 2012

Vazão

Tua alma profunda e transitória me entontece
Tens o dom de alternância, de mesclar as estações
És capaz do acolhimento e da distância
Um poço de ternura que estanca sem aviso
Ora ri feito criança, ora na seriedade tem pujança 
Guarda as palavras até que jorras em verdade desconcertante 
Sabes bem que o profundo não é do raso o contrário 
Que é apenas parte de um todo
De um ser rústico e delicado, direto e arredondado
Que me pegas de maneira inquestionável
Tudo o que vem de ti me revolve as entranhas
Emocionas-me de um tanto
De jeito grande e intenso
Que não cabe tudo em mim
Então, vaza pelos olhos




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