8 de setembro de 2012

Escultural

Observo a pedra bruta
Arestas, pontas, aspereza
Sedimento e erosão
Razão rocha e emoção em flor
Percebo teus entalhes
Os naturais e os que causaram dor
Fico atenta a cada fenda, fresta
Cada marca que acolhe a substância
Que compõe teu complexo ser
E eu, vejo-te muito além da rudeza
Da pedra parcialmente esculpida
Percebo em ti a sutil delicadeza
Que amaina o que erode em ti
Dispenso, então o cinzel
Já és escultural figura
Cheia de verdade e nobreza 
Que a cada dia no tempo se apura




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