9 de setembro de 2012

Amarras

Cansei das verdades pasteurizadas
Da coerência artificialmente criada
Do sentir invariavelmente pensado
Do pensar que se crê exato
Cansei  dos rumos tomados
Quero perde-los todos e assim renascer 
Conhecer o que já se mostrou e ainda não vi
Por ignorância ou medo deixei de viver
Quero desacreditar de mim mesma
Tirar as velhas cascas que não reconheço
Mas, bem sei que existem
Lavar minha roupa suja
Talvez queimá-las de vez
Andar nua sem medo do escarnio
Soltar as amarras que eu mesma criei
Ser somente o que devo ser
Mesmo que ainda não saiba o que se há que fazer


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