25 de setembro de 2012

Diáfana

Quando te referes ao meu ser complexo
Talvez fique despercebida a simplicidade
Tudo o que transparece meus olhos
Tudo o que as palavras fugazes te contam
É simples, aberto e franco
De ti nada posso ou desejo esconder
Para ti sou vítrea, diáfana, translucida
Embora nem sempre lúcida 
Sou água límpida e fresca no amor que te tenho
Sou terra firme e fértil nos desejos e medos
Sou ar que leva as sementes de sonhos
Sou fogo intenso que a espera não apaga 
Sou madeira que se deixa esculpir 
Sou rocha, seixo, areia
Partícula de um vasto existir


Pintura: Aldo Luongo

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