7 de maio de 2013

Assimétrica

Tu me envolves em emoções dissonantes
Vivo-te nas assimétrias do amor
Subo, desço, corro e freio
Paraliso-me diante dos medos, mas desbravo-me ferozmente
Recomponho-me diante das visceralidades causticas 
Como-te, libo-te em agitação violenta
Mas, sinto amiúde a imiscuída paz das paixões
Largo os sapatos e dou-te meus pés descalços
Desnudo meu corpo para que tu o tenhas
E cubro-me com o manto das indecências
Tudo vai e volta à velocidade dos ventos fortes
Danço no vácuo das tuas ausências
Fotografo o instante em que te apresentas
Deixo varrer de mim as impossibilidades
E me largo ao destino que te traz neste agora


Pintura: Alexander Telalim

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