17 de março de 2012

Ungida

Eu te amo de um jeito escorregadio
Mas, não porque quero de ti escapar
Essa não é possível conjetura
Escorrego mesmo é nessa rampa sem fim
Deslizo nas reentrâncias da tua rocha
E feito gota escorro entre as pétalas de tua flor
Eu te amo desse jeito escorregadio
Para livre transitar na tua superfície 
E suavemente mergulhar em teu profundo
Misturando bocadinhos de exageros
Azeitando as engrenagens desse amor fecundo
Ungindo e abençoando cada novo início


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