4 de março de 2012

Saudade

Saudade...
Não tem tempo para saudade
Viro as costas e ela já chega
Faço a curva e ela se apruma
Vem se cravando feito punhal
Rasga a seda, corta a carne
Invade a alma sem piedade
Põe o juízo no esconderijo
Confundindo minha razão
Aperta, sangra, desconcerta
Saqueia a paz e me estremece
E dramática que sou
Faço um gesto impetuoso
Com a mão alcanço a lâmina
Arranco e abro o coração
E para saudade digo séria
Vá, volte e me alimenta
Sei que sempre a sentirei
Mas, sei também e é seguro
que de ti não morrerei




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