10 de março de 2012

Timoneira

O que reverbera em minha alma?
Há uma fome de compreensão
Um desejo inominado
E que se mostra insaciável
É tanto apego e desapego
Tanta posse e liberdade
Dependência auto-suficiente
Irreverência inventada
Seriedade escudo
Que barco é esse que me conduz na tormenta?
Que estrela seguirá o hábil marinheiro?
O que o farol na costa guarda de mim?
E nessas altas ondas sinto a turbulência que causa a busca do profundo
Agarro-me ao leme, aprumo, busco rumo
E vejo no horizonte uma mistura indistinta de nuvens negras e céu azul
No convés da minha história percebo a estrela guia
Sou marinheira e navio
Tempestade e calmaria
Timão e timoneira
Pirata de mim mesma



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