17 de fevereiro de 2013

Ambiguidade

Amar-te é dizer sim à intensidade
Tu és vento forte, chuva, eletricidade
Poeira que cega os olhos para a normalidade
Convites constantes à instabilidade
Estranho confluir de distancia e proximidade
Crueza que por vezes adormece sensibilidade
Mas, amar-te,também, é porta para serenidade
Tu és aconchego, cuidado e bondade
Água morna acalmando a ansiedade
Dúvida que sabe esperar a verdade
Brisa boa que leva embora a saudade
Amar-te é atirar-se com medo e vontade
Mergulhar com coragem na tua ambiguidade


Pintura: Maria Calarasu

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