11 de dezembro de 2011

Delta


No nublado dos meus olhos
Transforma-te em tempestade
Enches o meu profundo e árido leito
Faz-se o rio que busca o teu delta
Navego em voltas e abeiro a ti
Mas, a ancora não lanço
Não quero nada que prenda
Pois, amor cativo encurta
E o meu quero que só cresça
Zarpo, então, de volta ao vento
Só para te ver distante e perto

Pintura: Pierre Auguste Renoir

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