20 de setembro de 2011

Primavera

Na aridez concreta da cidade
Vejo as flores se espalhando
Na rachadura da calçada
Na margem pútrida do rio
No jardim abandonado
Na praça que só vejo de passagem
Quando o vermelho para o trânsito
E o ar que mesmo poluído
Sustenta o canto alegre dos pássaros
Que sem conhecer o calendário
Sabem muito bem que em breve ela chegará
Portentosa e absoluta junto ao cinza reinará




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