Na aridez concreta da cidade
Vejo as flores se espalhando
Na rachadura da calçada
Na margem pútrida do rio
No jardim abandonado
Na praça que só vejo de passagem
Quando o vermelho para o trânsito
E o ar que mesmo poluído
Sustenta o canto alegre dos pássaros
Que sem conhecer o calendário
Sabem muito bem que em breve ela chegará
Portentosa e absoluta junto ao cinza reinará
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