Eu escrevo poesias, é sabido, notório
Poetizo, pois de uma fúria sou acometida
Sentimentos se revolvem em minha mente
Pensamentos se misturam em meu peito
Eles, sentimentos e pensamentos, me exigem
Autoritários me ordenam a transformá-los
E eu, obediente, quase submissa, acato
Converto em versos o que em mim habita
As eternas dúvidas, as provisórias certezas
Alegrias, tristezas, lágrimas e sorrisos
Escrevo sobre meu olhar para o mundo
E, também, sobre o que não enxergo
Metamorfoseio a clara confusão
Deixo as palavras saírem em profusão
Deixo que elas quebrem minha cancela
Avancem ignorando meus limites
Deixo que elas me exponham
Mostrem um pouco do que penso que sou
Deixo que elas voem libertas
Esperando que me levem com elas
Pintura: Carlos Zemek |
Gostei muito do poema. E sintoniza com o dinamismo do quadro.
ResponderExcluirGratidão, Isabel!
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirFico feliz que escolheu minha obra para ilustrar este belíssimo poema!!!
Um grande Abraço
Sandra, boa tarde.
ResponderExcluirGostei muito do poema. A poesia é isso mesmo: uma ordem, uma ditadura de dentro para fora, obrigando-nos a revelar ao mundo nossos anseios.
Parabéns, poetisa!
Grande abraço!