28 de fevereiro de 2012

Aplauso

Ah! Esses dramas particulares
Intransferíveis que se postam-se à porta
Ficam à espreita aguardando um descuido
Um vacilo qualquer, um piscar do olhar vago

Ah! Essa comédia da vida privada
Ri em escancaro da minha vigília
Sem vergonha se expõe toda prosa
E me faz rir dos meus tantos ridículos

Ah! Essas tragédias cotidianas 
Coisinhas pequenas que amplifico na alma
E no segundo seguinte se mostram risíveis
E fazem minha face corar de vergonha

Ah! quero mais é tomar minhas pílulas de felicidade
Do teatro da vida criar um feliz final 
E a cada dia começar outro ato 
Se vieres comigo, grito bravo e aplaudo


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