31 de dezembro de 2013
Uma
29 de dezembro de 2013
Grandezas
Desvio
Quero mãos que toquem meu corpo
E me arrepiem a pele
Conversas que me estimulem a mente
E alimentem meus saberes
Conversas que me estimulem a mente
E alimentem meus saberes
Imagens que me suscitem desejos
Desejos que me levem à loucuras
Coisas bem desvairadas, desajuizadas
Estou meio cansada do caminho reto
Vou pegar algum desvio
Caminho novo para me descobrir mais um pouco
28 de dezembro de 2013
Encantamento
Eu sempre busco encantamento
Algo que amplie o brilho em meus olhos
Algo que me remexa por dentro
Algo que me remexa por dentro
Algo que nutra meus sonhos
Vou aqui, ali, alhures
Procuro em todo lugar
Olho também dentro de mim
E de tudo o que por aí vejo
Vou aqui, ali, alhures
Procuro em todo lugar
Olho também dentro de mim
E de tudo o que por aí vejo
Sempre há algo teu que reconheço
Fertil
Vou rasgar os velhos amores
Picar bem miudinho
Triturar, transformar em pó
E daí espalhar pelo campos, jardins
Terras férteis, cheias de vida
Lugares onde nasce flor
Oscilante
Acho que vou deixar de lado algumas coisas
Entre elas, as minhas certezas oscilantes
Já que oscilam tanto darei preferencia às dúvidas
Já que oscilam tanto darei preferencia às dúvidas
27 de dezembro de 2013
Fio
Eu gosto mesmo é das almas inquietas
Daquelas que não se contentam com pouco
Que rasgam o que foi escrito com a pena da acomodação
Das que não dependem do sim e sabem dizer não
Das que não dependem do sim e sabem dizer não
Gosto das almas transgressoras
Que fazem diferente, desviam padrões
25 de dezembro de 2013
Desatinada
Eu sou dona de uma alma apaixonada
Mas, também essa alma apaixonada é minha dona
Sou dona e pertenço a uma alma exaltada
Que sem o calor do amor fica perdida, desatinada
Que sem o calor do amor fica perdida, desatinada
24 de dezembro de 2013
23 de dezembro de 2013
Quarto escuro
Fico aqui a inflar de curiosidade
O que será que tu fazes às escondidas?
Naqueles momentos em que te presumes à sós
Como se estivesses num quarto trancado e escuro
E lá sentisses o poder de tudo fazer
Refiro-me não às coisas impudicas
Tampouco aos pensamentos tido como impuros
Pergunto-me sobre o que será que tu pensas e desejas
Sobre o que tu largarias na vida sem medo do custo
Sobre do que por nada ou por tudo abririas mão
Fico a querer invisível ficar só para poder assistir-te
22 de dezembro de 2013
À porta
Eu digo que te amo
E quando digo, apenas uma coisa eu quero
Quero tão somente dizer que te amo
Assim, simples e desavergonhadamente declarado
Deixo desnudo meu amor à tua porta
Deixo como se flores fosse
Deixo para que o aroma te envolvas
Deixo para que a beleza te encantes
Deixo para enfeitar a tua vida
A minha, por senti-lo, já é enfeitada
Pintura: Shannon Watson |
21 de dezembro de 2013
Alcance
Preciso ir até lá
Lá um pouco adiante do ponto
Do ponto onde não me contento com pouco
Do ponto onde não me contento com pouco
Preciso ir até lá
Lá onde há novos ares
Retomar o ar que me falta
Preciso ir até lá
Lá no horizonte intocável
Intocável até que eu o alcance
Intocável até que eu o alcance
Enredada
20 de dezembro de 2013
Inspiração
Sem ti eu me desinspiro
Minhas palavras murcham feito flor sem água
Racham feito terra de céu sem nuvem
Encolhem todas feito menino ao relento
Minguam como eu e a lua em tua fase escondida
E quando em meus dias surges de novo
As flores renovam as cores e o viço
As nuvens abençoam a terra num choro convulso
O menino corre ao encontro do calor de um abraço
A lua inteira ocupa o céu de minh´alma
E eu rego meu jardim com lágrimas e poesia
Montanha
Fiz muitos planos
Tracei tantas metas
Construí mil cenários
Previ obstáculos
Senti muitos medos
Pensei recuar
Mas, dei mais um passo
Sem garantias andei
E, de repente, sem me dar conta
Transpus a montanha que não estava lá
19 de dezembro de 2013
Sobre o que (não) sei
Eu quase nada ou nada sei
Apenas penso saber
Até a certeza que ora escrevo
Carrega a duvida sobre o que pensei
18 de dezembro de 2013
Calendário
Por aqui e em nosso tempo
Ando a pensar que a vida não tem calendário
É sim um infinito fluxo de noites e dias,
Um transcorrer de claros e escuros
Passos marcados em estações
Galhos tortos e flores
Enxurradas e secas
Ritmos próprios e inapropriados
Ponteiros e páginas viradas
Ciclos, infindáveis ciclos
Pintura: Svetoslav Stoyanov |
5 de dezembro de 2013
Jornada
A jornada é mais longa que o caminho
Se eu penso reto, sinuosa é a estrada
Se escolho atalhos perco passos da viagem
Reconheço rotatórias, contra-mãos, acostamentos
E lá está o por de sol no horizonte inalcançável
Sinais, avisos, ouvidos moucos
Clamores, pedidos, gritos roucos
Fecho meus olhos para sentir outros sentidos
Firmo os pés no chão e aos céus eu ergo as mãos
E lá vêm anjos que me lançam e me acolhem
E percebo assim a heroína que há em mim
Pintura: Christopher Clark |
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