27 de janeiro de 2012

Papel

Não te idealizo 
Vejo-te à luz e à sombra
E assim meu amor realizo 
Transito no lapso
Esse espaço vazio e ocupado
De um lado a monotonia
Do outro a tranquilidade tardia
No meio o porvir não pensado
Não, não te idealizo
Degusto-te sem sal, sem tempero
Mas, sinto teu gosto sincero
Um tanto de doce, outro de acre
Ouço o que dizes até no silêncio
E te entendo em tua Babel
Pois, em ti não me acomodo 
Aconchego-me é bem verdade
Às vezes, é só esse o meu papel


Pintura: A Metamorfose de Narciso - Salvador Dali

4 comentários:

  1. Bom dia Sandra !!!
    Adorei os sentimentos e sentidos contidos nas entrelinhas e entre sonhos de seus poemas.
    Sinceros desejos de sucessos e continuidade em crescente ascendência espiritual, física e material.
    Abraços
    José Manoel (casinha azul)

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    1. Obrigada, José Manoel!
      Que nossa jornada em busca da ascendência seja cheia de poesia e aprendizados.
      beijos
      Sandra

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  2. Espetacular! Conseguiu descrever a essência de um relacionamento sincero, maduro e apaixonado!!

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  3. Obrigada pelo comentário, Rafael. Bom conhecer sua percepção sobre minha poesia. Pegou o espirito! abs

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